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Impressora não fiscal: o guia rápido

A forma de emitir os documentos fiscais está mudando. A partir de 2018, Minas Gerais, assim como outros estados, passará a usar a NFC-e como tecnologia para a emissão de notas fiscais para os consumidores. Com essa mudança, uma impressora não fiscal será equipamento obrigatório nos estabelecimentos, para que esses possam cumprir as exigências legais do Fisco.

NFC-e e a impressora não fiscal

A Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) é um documento fiscal digital que serve para registrar as vendas realizadas para o consumidor final. Essa nota é transmitida do estabelecimento para a Secretaria da Fazenda por meio da internet, no momento da venda.

O principal objetivo do projeto da NFC-e é substituir o antigo cupom fiscal e fazer que as informações da venda possam ser acessadas digitalmente pelo consumidor. Com essa nova forma de gerar comprovantes fiscais, o documento que deverá ser usado nas compras é o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE NFC-e).

Uma das grandes diferenças entre os tipos de tecnologias de emissão de notas é a possibilidade da impressão deste documento por uma impressora não fiscal. Assim, a partir do momento em que a nova lei entrar em vigor não será mais obrigatório o uso do ECF no PDV.

É importante destacar que os estabelecimentos ainda serão obrigados a fornecer as notas fiscais para os consumidores, portanto é importante contar com uma impressora não fiscal no PDV, para que possa ser impresso o DANFE NFC-e no momento em que o consumidor solicitar receber o documento.

Diferenças entre a impressora não fiscal e o ECF:

Com a nova fórmula de emissão de documentos fiscais o controle de todas as informações da venda deixa de ser feito pela impressora fiscal e passa a ser responsabilidade do programa emissor de NFC-e, totalmente digital e online. Assim a impressora não fiscal terá como função apenas a impressão do demonstrativo para o cliente.

Todos os componentes que eram obrigatórios em no Emissor de Cupom Fiscal (ECF) deixam de ser necessários para uma impressora não fiscal. Memória de Fita Detalhe e Memória Fiscal não fazem parte mais das características de um equipamento para imprimir as notas fiscais.

Características da impressora não fiscal:

Na hora de escolher uma impressora não fiscal para sua loja algumas características devem ser observadas, esses elementos serão importantes para garantir, durante a emissão da nota fiscal do consumidor eletrônica, o bom funcionamento do equipamento.

Confira as principais características de uma impressora não fiscal que devem ser observadas:

Velocidade:

O tempo necessário para realizar uma impressão deve ser observado no momento de escolher uma impressora não fiscal.

Como esse equipamento ficará responsável por fornecer a NFC-e para o seu cliente, é fundamental que o processo seja rápido e eficiente, evitando transtornos para o consumidor que está esperando a nota e para as outras pessoas que estão aguardando na fila do PDV.

Tamanho:

O tamanho da impressora não fiscal também deve ser avaliado.

Como essa máquina ficará no PDV é preciso que seja avaliado o tanto de espaço necessário para sua instalação, o frente de caixa é um local de grande importância para as vendas do varejo, portanto o varejista precisa considerar que o equipamento não deve ocupar um lugar que pode ser ocupado por alguma promoção ou que atrapalhe a experiência do cliente.

Capacidade de funcionamento:

A capacidade de funcionamento de uma impressora não fiscal é uma característica determinante desse equipamento, pois não adianta contar com uma máquina que não atenda à demanda de impressão de NFC-e da sua loja.

Cada modelo possui uma capacidade de funcionamento diferente, algumas não são feitas para a impressão contínua de muitos documentos, elas são fabricadas para a impressão direta por um certo período de tempo e depois disso há um mecanismo no equipamento que faz com que ele pare.

É importante avaliar se a impressora não fiscal escolhida tem capacidade para atender sua loja durante todo o tempo em que o seu negócio estiver aberto.

Meio de comunicação/Saídas:

O método com que a impressora não fiscal se comunica com o computador é outro ponto que deve ser analisado.

Existem alguns tipos de saídas que podem ser encontradas nesse equipamentos (serial, ethernet e USB), na hora de escolher o equipamento melhor para o seu negócio é sempre bom conferir se este possui uma conexão compatível com a que é utilizada.

No varejo uma boa opção é contar com uma impressora não fiscal que apresente uma saída ethernet, pois assim será possível conectar o equipamento à rede da loja e assim facilitar a comunicação com todos os computadores da empresa.

Operação:

A forma como serão realizadas as operações que envolvem uma impressora não fiscal também é importante. Alguns processos como: recarga de bobina de tinta, operação diária do colaborador e transporte do equipamento; precisam ser analisados, de forma que encontre um modelo que facilite a atividade do operador.

Outras utilidades de uma impressora não fiscal:

Além da impressão do DANFE NFC-e, que deve documentar as transações comerciais de venda ou prestações de serviços, uma impressora não fiscal possui outras funcionalidades que serão importantes para a operação diária do varejista.

Fornecer o Documento Auxiliar de Venda (DAV) e orçamentos:

Em estabelecimentos que contam com um processo de venda baseado no orçamento, a impressora não fiscal serve para a impressão do DAV. Este documento serve para regulamentar a atividade da venda, servindo como uma espécie de registro da pré-venda, mediando o momento do pedido do consumidor para o vendedor, o pagamento no caixa e a retirada do produto na expedição.

Durante esse processo, a emissão do cupom fiscal será realizada a partir do DAV, portanto é um procedimento essencial para o processo de venda.

Imprimir pedido em restaurantes:

Restaurantes que contam com um processo de pedido realizado no balcão e passado para a cozinha também utilizam uma impressora não fiscal para a impressão desse documento responsável por conter o pedido do cliente.

Conclusão: a impressora não fiscal será fundamental no processo de venda

Com a mudança na legislação que cerca a documentação das notas fiscais que devem ser fornecidas para o consumidor, a NFC-e será obrigatória e substituirá o cupom fiscal, que é emitido pelo ECF.

Portanto, para o varejista entender como funciona e saber quais as normas sobre o uso da NFC-e é importante para garantir o cumprimento de todas as leis que devem ser observadas na operação do ponto de venda.

Assim, contar com uma impressora não fiscal que atenda a demanda de impressão desse tipo de documento fiscal é garantir bom funcionamento desse processo, por isso ela precisa apresentar as características que foram apresentadas acima.

Fonte: Infovarejo